terça-feira, 28 de agosto de 2007

de um pico a outro

com a faca na mão
ora me parto o queijo ora o peito

me arranho, tropeço sem jeito
meto o dedinho na quina da mesa.
sento, horas pro nada
sinto nada, sendo nada
aposto, na mão que sugere a alavanca
me apoio, em ironias
ri comigo ou de mim?
olhares raros,
instantes fotografados viram flashes
enquanto a pulga salta.
entendo.
queijo intácto, queda-livre
e que jeito?

sem vontade, me calo
palavras difíceis de sair
boca fechada olhos pra dentro
e quem olha dentro deles?
vê?

poucos toques ofertados
pouca visão, aretimia
sufoco, com os ares que trago
há sinismo no ar
se insito desmaio
e que jeito?
nenhum.

nesses dias sensíveis
não sei se percebo o que finjo não ver
ou se espectro formas dentro da luneta que crio.

...mas essa sensação de d'ja vu...

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

e se eu guardar a alma pra sentir ela mais tarde?
ela continua viva?
e eu?
Pues mientras tenga dudas,
finjo que lo sepa.
Me pego a la posibilidad,
de estos 50 % de todo e nada a la vez.

Que me despierten los que siguen la recta
me dá igual,
sigo teciendo mi camino a ojos cerrados y pecho abierto,
pues que venga lo que sea,
no es lo que me importa..

..Fantasiar... Éso me gusta.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

se as coisas são da forma que as vemos... pois que sejam sutis e doces, leves e frescas...

sonhemos..

antes sós, que sãos.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

socorro eu já não sinto nada

  "Socorro, nao estou sentindo
nada
Nem medo, nem calor, nem fogo,
Nao vai dar mais pra chorar
Nem pra rir

Socorro, alguma alma, mesmo que penada,
Me empreste suas penas
Ja nao sinto amor nem dor,
Ja nao sinto nada

Socorro, alguem me de um coracao,
Que esse ja nao bate nem apanha
Por favor, uma emocao pequena,
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta,
Tem tantos sentimentos,
deve ter algum que sirva

Socorro, alguma rua que me dê sentido,
Em qualquer cruzamento,
Acostamento,
Encruzilhada,

Socorro, eu ja nao sinto nada"



sábado, 11 de agosto de 2007

.. o tempo urge um inspiro profundo..

A sutileza do olhar, do sorriso
concentrada na gota do momento..

Breve suspiro da imaginação me (e) leva..

Vai vida me venta
me leva pra onde ainda pulsa
pra onde o silêncio estoura!

Vai vento me eleva
pra acima dos desprazeres
pra longe das desilusões
pra além do prenunciável desespero

Venta vida me explode sorrisos
me dança a alma
me nina a exaustão

Vem vida me chama
que eu me entrego disposta e atenta
que eu acredito e aposto

Venta vida me voa
até o último fio de sopro
que eu tomo fôlego
pra continuar o descompasso.