terça-feira, 28 de agosto de 2007

de um pico a outro

com a faca na mão
ora me parto o queijo ora o peito

me arranho, tropeço sem jeito
meto o dedinho na quina da mesa.
sento, horas pro nada
sinto nada, sendo nada
aposto, na mão que sugere a alavanca
me apoio, em ironias
ri comigo ou de mim?
olhares raros,
instantes fotografados viram flashes
enquanto a pulga salta.
entendo.
queijo intácto, queda-livre
e que jeito?

sem vontade, me calo
palavras difíceis de sair
boca fechada olhos pra dentro
e quem olha dentro deles?
vê?

poucos toques ofertados
pouca visão, aretimia
sufoco, com os ares que trago
há sinismo no ar
se insito desmaio
e que jeito?
nenhum.

nesses dias sensíveis
não sei se percebo o que finjo não ver
ou se espectro formas dentro da luneta que crio.

...mas essa sensação de d'ja vu...

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